30 de abril de 2012

Dança do Ventre

  A dança do ventre é uma famosa dança originalmente praticada em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia Meridional, seus movimentos acompanhados de música é semelhante a uma serpente.
   No Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tinham o objetivo de preparar as mulheres por meio de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães.
  Com a invasão dos árabes, a dança se espalhou por todo o mundo, fazendo com que chegasse a diversos países.
  É composta por movimentos como vibrações, ondulações e rotações que envolvem todo o corpo, batidas de quadril, impacto, entre outros...


  Ao longo de alguns anos a dança sofreu muitas modificações, o principal influenciador foi ballet clássico russo.

Dentre os estilos mais estudados estão os estilos das escolas:
Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;

 Norte-americana: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.

 Libanesa: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados.

    No Brasil a dança é a cópia de detalhes de cada cultura, para o aumento de repertório.
commons.wikimedia.org/wiki/File:Boudoir_Beledi_
Bellydance_Troupe_-_Flickr_-_Dance_
Photographer_-_Brendan_Lally_(3).jpg
    O estilo brasileiro tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico no repertório de movimentos.

Movimentos característicos: 
 Movimentos percursores: Mais comum nos quadris, utilizados para pontuar a música ou acentuar a batida.

 Movimentos de fluido: O corpo está em movimento contínuo, requerendo uma grande quantidade de controle muscular abdominal. 

Shimmies, arrepios e vibrações: movimentos pequenos, rápidos e contínuos dos quadris ou caixa torácica, que criam uma impressão de textura e profundidade do movimento. 

 Braços: são usados ​​para moldar e acentuar os movimentos dos quadris, para gestos dramáticos e para criar belas linhas e formas com o corpo, particularmente nos estilos mais ocidentalizados.

Elementos cênicos
  Quando a dança foi passada para os palcos, vários elementos cênicos foram incorporados, principalmente no Ocidente:

 Espada: a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa demonstrar calma e confiança ao equilibra-la em diversas partes do corpo;
Pontos de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa;

 Punhal: Variação da dança com a espada, o desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos.

 Véus: Ao contrário do que se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas, com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.

Playlist no Youtube com os estilos de dança: Confira

22 de abril de 2012

Tango

   

Um famoso estilo de dança chamado tango nasceu no final do século XIX, de uma mistura de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires. A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados.

  Segundo Discépolo, "O tango é um pensamento triste que se pode dançar."




  Esta dança esteve associado desde o princípio com bordéis e cabarés com, na sua maioria, público masculino. Devido a que só as prostitutas aceitariam esse baile, no começo o tango era dançado por casais de homens, daí o fato dos rosto virados, sem se fitar.

  Mas o tango como dança não se limitou às zonas baixas ou a seus ambientes próximos. Estendeu-se também aos bairros proletários e passou a ser aceito "nas melhores famílias", principalmente depois que a dança teve sucesso na Europa.
    A melodia provinha de flauta, violino e violão, sendo que a flauta foi posteriormente substituída pelo "bandoneon" (espécie de sanfona). Os imigrantes acrescentaram ainda todo o seu ar melancólico e desse modo o tango foi se desenvolvendo e adquirindo um sabor único.

   O Tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. Como dança é "duro", masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre submissa.
  Há diferentes tendências em seu estilo. O tango-canção, tango canyengue, o tango milonga, tango romanzae o tango jazz. Hoje em dia é possível até encontrar estilos como tango rock e electro tango, ou tango eletrônico.

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 Alguns compositores tradicionais do tango:
-Alfredo Le Pera
-Ángel Villoldo
-Aníbal Troilo
-Ástor Piazzolla
-Carlos di Sarli
-Carlos Gardel
-Edgardo Donato
-Eduardo Arolas
-Enrique Santos Discépolo
-Francisco Canaro
-Gerardo Matos Rodríguez
-Horácio Salgán
-Hugo del Carril
-Juan de Dios Filiberto
-Júlio Sosa
-Mariano Mores
-Osvaldo Fresedo
-Osvaldo Pugliese
-Juan D'Arienzo
-Júlio de Caro
-Roberto Firpo
-Francisco Lomuto

Playlist no Youtube com os estilos de dança: Confira



21 de abril de 2012

Dança Indiana

   A história nos conta que a origem da dança indiana e do teatro veio através de uma escritura chamada Natya Shastra.

Natya- é a junção de atuação, música e dança; Shastra- quer dizer escritura

   É dito que o Natya Shastra foi composto pelo Deus Brahma, o senhor da criação, e que para sua composição foram extraídos textos dos quatro Vedas. Os Vedas foram escritos em sânscrito, por volta do ano 2000 a.c., o Natya Shastra é composto de 36 capítulos com 6.000 versos e algumas passagens em prosa. Na verdade a autoria é do sábio Bharata Muni, mesmo que na Índia acredita-se que foi escrito realmente por um Deus. 
  Originalmente a dança era apresentada dentro dos Templos em uma sala especialmente construída e chamada de Natyamandapa, era executada por mulheres chamadas de “Devadasis''Portanto a dança era considerada como uma oferenda aos Deuses assim como a comida, as flores, etc. 

Deva= Deus; dasi= serva
    
 O primeiro ensinamento do Natya Shastra diz que “o corpo inteiro deve dançar” e todas as posturas da dança indiana, com centenas de expressões corporais, tem um significado simbólico e uma relação com a milenar cultura hindu.
   Na dança clássica indiana existe uma pequena divisão de ''estilo'', esses são:

Nritta (dança pura ou abstrata)
   É composta de movimentos baseados no ritmo e na música e não tem significado, tendo um caráter puro, decorativo e abstrato. 
   A ênfase é nos movimentos puros de dança, criando padrões no espaço e no tempo sem nenhuma intenção específica de projetar qualquer emoção, e seus movimentos são criados por diversas partes do corpo para criar apenas a beleza estética.
   A unidade básica da dança é chamada de Adavu, que quer dizer “combinação” e no caso da dança pura, combina passos e gestos chamados de Nritta Hastas.

Nrittya (dança expressiva)
  Composto de Hastas Abhinaya que são usados para contar histórias através da expressão das mãos, do rosto e do corpo.

-   Hastas quer dizer mão e os principais Hastas (ou Mudras) usados em Nrittya são os Asamyukta (simples) e os Samyukta (compostos).
-  Abhinaya é uma síntese de vários aspectos do processo dramático e na maioria das vezes é traduzida como "atuar" ou "educar". Há quatro tipos de Abhinaya citados nas escrituras: Angika (expressões corporais), Vacika (fala ou canto), Aharya (caracterização) e Satvika (comportamento das personagens, a expressão da graciosidade e a emoção).   
   Rasa (sabor) e Bhava (sentimento ou emoção) são os principais componentes de Abhinaya. 

   As principais expressões do rosto são chamadas de Nava Rasas e são compostas de: 
-Sringaram (amor)
-Veeram (heroísmo)
-Karuna (tristeza ou compaixão)
-Adbhuta (maravilhamento)
-Raudram (ira)
-Hasya (humor ou comedia)
-Bhayanaka (medo ou pavor)
-Bibhatsa (nojo)
-Shanta (paz).

     Em cada região da Índia surgiram diferentes versões das danças indianas, preservando os mesmos preceitos, as mesmas leis registradas no Natya shastra. Entre as que se destacam neste campo, encontramos:

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File:Bharatanatyam_dancer.jpg

Bharathanatyam: é dança mais popular da Índia, nascida no interior dos templos de Tamil Nadu, no sul da Índia. É uma dança clássica tradicional, onde os dançarinos fazem lindos e suaves movimentos e poses. Vinculado ao culto de Shiva, o Bharatanatyam indica "vinte e quatro movimentos para a cabeça inteira, quatro para o pescoço, seis para as sobrancelhas, vinte e quatro para os olhos, cinqüenta e sete para as mãos, nove movimentos de pálpebras, seis movimentos de nariz, seis de lábios, sete de queixo..."







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Kathak: muito conhecida no Norte indiano, suas origens remontam aos bardos nômades do norte da Índia antiga, conhecida como Kathaks, ou contadores de histórias, tornando-se famosa por algum tempo nas cortes hindu e mongol.
   Envolve um elaborado movimento dos pés e vertiginosos rodopios corporais. É principalmente uma forma de teatro, com música instrumental e vocal e o uso de gestos e movimentos estilizados para representar a história contada.




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File:Odissi_Performance_DS.jpg
Odissi: é uma dança ritual que tem origem no leste indiano, no Templo do Sol em Konarak, em meados do século II a.C..
  Toda a dança é estruturada de uma forma clara e não linear, com movimentos explorados através das duas posições básicas, chowka e tribhanga.

Chowka
O chowka é a energia masculina. É caracterizado pela rigidez na postura, que divide a força igualmente distribuída entre os dois lados do corpo.

Tribhanga
O tribhanga, por sua vez, é a energia feminina. A dançarina molda seu corpo como um "S", e realiza movimentos bem sinuosos, porém demarcados.



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File:Kathakali_BNC.jpg




Kathakali: é um tipo de dança do Norte da Índia. Tem movimentos leves e um pouco mais lentos, as partes do corpo mais usadas são o olhar e os pés. A dança em si é muito difícil mas também é considerada uma das mais bonitas.







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Mohiniyattam: é originário do estado de Kerala, no sul da Índia. Essa é uma dança praticada exclusivamente por mulheres e influenciada pelo Kathakali, pelo Kudiyattam e pelo Bharatanatyam. É conhecido como "a dança do encantamento' pois é o estilo que mais valoriza e explora a graciosidade, alem da extrema leveza, fluidez e delicadeza. Os movimentos circulares, lentos e refinados dão ao Mohiniyattam um sentido de profundidade e manifestaçao interna.
 As bailarinas se vestem de branco e dourado.







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Kuchipudi: surgiu na Vila de Kuchelapuram no estado de Andra Pradesh, no sul da Índia
No começo era dançado apenas por homens, mas no séc. XX passou passou a ser praticado por mulheres e aproximou-se do universo das danças dramáticas indianas. Tem muitos pontos em comum com o Bharatanatyam, é forte e enérgica, associando danças solo e coreografias próprias do drama. O item de resistência do Kuchipudi é o Taragam, executado sobre um prato de cobre e com um pote de água na cabeça.








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Manipuri: surgiu em Kerala, Zona Sul da Índia. Os dançarinos se movem por meio de passos miúdos e saltitam. É uma mistura de quase todas as danças indianas.
As mulheres dançam de sári (roupa tradicional da Índia), não é necessário, como nos outros estilos, o uso de guizos nos tornozelos.







 Para aprender a dança indiana, o bailarino precisa não apenas de uma grande dedicação técnica, mas, principalmente, de uma profunda e perfeita integração entre o corpo, a mente e o espírito.

Playlist no Youtube com os estilos de dança: Confira





4 de abril de 2012

Texto do dia- A bailarina

www.scudamores.com
1,2,3,4
dobro a perna e dou um salto,
viro e me viro ao revés e
se eu cair conto até dez.

Depois dessa lenga-lenga
toda recomeça
puxa vida,ora essa
vivo na ponta dos pés

Quando sou criança
viro o orgulho da família
giro em meia ponta
sobre minha sapatilha

Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar
se a corda não acaba
eu não paro de dançar

Sem querer esnobar
sei bem fazer um grand ecárt
e pra um bom salto acontecer
me abaixo em um demi plié

Sinto de repente
uma sensação de orgulho
se ao contrário de um mergulho
pulo no ar um grand jeté

Quando estou no palco
entre luzes a brilhar
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar

Toda bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar,dançar, dançar....