6 de abril de 2013

Nomes Famosos- Vaslav Nijinsky

 "Não quero ser compreendido, quero ser sentido" 

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(1890-1950)_photographed_at_Krasnoe_
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 Wacław Niżyński, em polaco Vaslav Nijinsky, em russo, Вацлав Фомич Нижинский, (Kiev, 12 de Março de 1890 — Londres, 8 de abril de 1950) foi um bailarino e coreógrafo russo de origem polaca.

   Filho de bailarinos Poloneses entrou no mundo da dança bem cedo. Seus pais se apresentavam em circos e teatros e desde os quatro anos de idade ele participava dançando nas apresentações dos pais.

   Após o divórcios dos pais, ele e sua mãe mudaram-se para São Petersburgo, na Rússia. Aos nove anos de idade, com o apoio de sua mãe, iniciou seus estudos de dança na escola de ballet do Teatro Imperial.
    Aos dezoito anos teve seu primeiro papel de destaque, em Le Pavillon d’Armide onde dançou com a bailarina Anna Pavlova. No ano seguinte, em 1909, é apresentado ao empresário e diretor de ballet Sergei Diaghilev (1872-1929) através de seu então namorado, o príncipe Pavel Lvov. É convidado por Sergei Diaghilev pra viajar para Paris com sua companhia de ballet, na qual obteve reconhecimento internacional.
   Carismático e de forte personalidade, Diaghilev dirigia com firmeza o Ballets Russes, criado por ele em 1909 com o objetivo de sacudir a melancolia que acreditava ter feito o ballet estacionar no tempo. O empresário, que tinha o sonho de deixar a dança russa como as da Europa, utilizava naquela época o talento do coreógrafo Michel Fokine (1888-1942), dos cenógrafos Leon Bakst /1866-1924) e Alexandre Benois (1870-1960), e dispunha de estrelas de grande importância, como a legendária Anna Pavlova (1881-1931).

   De uma vida cheia de polêmicas, esquizofrênico, talentoso, genial, para os críticos o bailarino russo Vaslav Nijinsky era dotado de uma técnica extraordinária, chocava a platéia com a ousadia de sua arte, porém fora dos palcos, era apenas uma criatura frágil e dependente. 
  

   O primeiro papel de destaque de Nijinsky depois que conheceu Diaghilev foi como Albrecht, em Giselle, que estreou em Paris em 1911. Com o mesmo papel o bailarino protagonizou seu primeiro escândalo: Solicitado por Diaghilev, ele dançou sem o calção que cobria seu leotard (collant). A performance ocorreu em São Petersburgo, em que estava presente a família imperial. A polêmica teve efeito imediato, no dia seguinte Nijinsky foi demitido do corpo de ballet do teatro Mariinsky. Alguns acreditavam que o episódio foi estrategicamente proposital de Diaghilev para que Nijinsky perdesse o emprego e se tornasse exclusivo dos Ballets Russes.
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   No período em que trabalhou exclusivamente para Diaghilev, Nijinsky protagonizou alguns dos mais importantes ballets do início do século. A grande maioria dos repertórios e coreografias eram da autoria de Michel Fokine, então no auge da carreira: Le Espectre de la Rose, Petrushka, Daphne e Chloé, Narciso e Le Diesu Bleu (esse com libreto de Jean Cocteau). Foi um período maravilhoso, com uma sucessão de turnês e êxito. Diaghilev o encorajava a criar novas coreografias e Nijinsky, que tinha uma verdadeira adoração por ele decide que as coreografias de Fokine já não suprem sua alma sedenta de novas experimentações e passa a criar seus próprios ballets. Indignado, Fokine abandona os Ballets Russes. 
   Em setembro de 1913, os Ballets Russes vem para a América do Sul para fazer uma turnê pelo Rio de Janeiro e Buenos Aires. Por ser uma viagem marítima, Diaghilev não veio. Já que sentia pavor de viajar em navios, desde que uma cigana havia previsto que morreria afogado, Diaghilev evitava a qualquer custo aventurar-se ao mar.
   A apresentação a Diaghilev – um divisor de águas na vida de Nijinsky – lhe causou forte impressão, já que seu relacionamento com Diaghilev havia sido marcado por paixão e desespero. O relacionamento dele com Diaghilev ficou bastante abalado quando ele atormentado pelo ciúmes que sentia por Diaghilev precipitadamente casou-se com a bailarina da companhia, Romola de Pulszkie, em 1913, em Buenos Aires durante a turnê.

   Ao saber do casamento de Nijinsky com Romola de Pulszkie, Diaghilev o demite.
   
   Durante a I Guerra Mundial esteve internado em um campo de concentração na Hungria, de onde só saiu em 1916 por pedido de Diaghilev. Voltou a fazer parte da companhia nesse mesmo ano, nos Estados Unidos.

Marca na Dança

  Um deus de sapatilhas que jamais soube conviver com as limitações impostas pela convivência social. Muitos chamava-o e o chamam até hoje de "deus da dança", a "oitava maravilha do mundo" e o "Vestris do Norte" (referência ao bailarino francês Auguste Vestris). 
   Dono de personalidades contrárias, Nijinsky teve um grande e importantíssimo papel na revolução do ballet no início do século XX, conciliando sua técnica com um poder de sedução da plateia, os seus saltos pareciam desafiar a lei da gravidade.

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    Três coreografias assinadas por Nijinsky – “L’Après Midi d’un Faune”, “Jeux” e “Le Sacre du printemps" – revolucionaram à dança.

   L’AprèsMidi d’un Faune ( à Tarde de um Fauno) causou um escândalo sem precedentes ao ser apresentada em Paris a 13 de maio de 1912, já que contava a história de um fauno que tocava sua flauta nos bosques e ficou excitado com a passagem de ninfas e náiades, tentou alcançá-las em vão. Então, muito cansado e fraco, caiu em um sono profundo e passou a sonhar com visões que o levou a atingir os objetivos que dentro da realidade não tinha alcançado.

   Le Sacre du printemps (A Sagração da Primavera) estreado no Teatro dos Campos Elísios de Paris em 29 de maio de 1913. Conta a história de uma jovem que pertence a uma tribo celta e, segundo um ritual primitivo, tem de ser sacrificada a um Deus da Primavera, com o objetivo da tribo conseguir boas colheitas naquele ano.

   Jeux (jogos) estreada em 15 de maio de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées , em Paris. Contava sobre uma partida de tênis.

 As duas coreografias, "Jeux" e "Le Sacre du printemps" não tiveram o reconhecimento que o bailarino esperava.

Morte


   Em 1919, aos 29 anos, diagnosticado com distúrbio mental (esquizofrenia), dançou pela última vez e assim abandonou os palcos para sempre. A esquizofrenia do bailarino caracterizava-se, sobretudo pela desordem de pensamento. Até completar 60 anos, ele passou por inúmeras clinicas psiquiátricas.

   Morreu em uma clínica em Londres, em 8 de abril de 1950. Nijinsky foi sepultado junto ao bailarino francês Auguste Vestris, no cemitério de Montmartre, em Paris, já que era conhecido como Vestris do Norte.
  

4 de abril de 2013

Dicionário da Bailarina- H, J

Hauter, À la - Para o alto. 
Uma posição na qual a perna em movimento é levantada em ângulo reto com os quadris.
Jambe: Perna