29 de fevereiro de 2012

Texto do dia- Dançar


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Dançar é como crescer,
um processo lento, cheio de surpresas e lutas.
A realização de feitos que parecem
impossíveis de se concretizar.
Acrobacias que exigem muito mais que
horas de treinamento.
Que só a ousadia tem a capacidade de explicar.
Um constante aprendizado
para o qual nem sempre acham necessário nos preparar.
É preciso ter talento.
Saber misturar, em doses certas,
força e sensibilidade.
Conhecer limites e capacidades.
Sem temer fracasso.
Amar, amar-se
sem medos.
Corpo e mente em perfeita harmonia.
Essa integração é o segredo da eterna liberdade,
que nos permite alcançar vôos muito, mas muito maiores.
Isto é Dançar!!

22 de fevereiro de 2012

Relevé

Significado: Elevado

   O relevé nada mais é que a elevação do corpo em uma meia ponta ou ponta, pode ser em uma ou nas duas pernas.
  Ele pode ser executado de modo suave como é utilizado na Escola Francesa, ou também pode ser realizado de forma mais ágil assim como na Escola Russa e Cecchetti.
   O relevé na maioria das vezes é antecedido de um demi-plié e em seguida tem de dar um ligeiro impulso para cima.
   Pode ser feio em primeira, segunda, quarta e quinta posição, também en attitude, en arabesque, devant, derrière, en tournant, passé en avant, passé en arrière e assim por diante.

 


Na barra, com as mãos apoiadas levemente sobre a barra de equilíbrio. Seu peso deve ser equilibrado uniformemente entre ambos os pés.


Levante os calcanhares até ficar bem firme na meia ponta (tente nesse momento soltar a barra de equilibrio) bem encaixada fique alguns segundos nessa posição. Se estiver de sapatilha de ponta suba até as pontas dos pés.









Lentamente abaixe os calcanhares no chão.






* Lembre-se sempre de segui a ondem: Chão > Meia ponta baixa > Meia ponta alta > Ponta > Meia ponta alta > Meia ponta baixa > Chão


A posição dos braços, durante o exercício de lado para a barra, segue a seguinte movimentação:



Preparação (bras bas)
Sobre pela frente do corpo  (1a posição)
Vai para o alto (5a posição)
Desce ao lado do corpo (2a posição)
E lentamente fecha embaixo (bras bas)







Assista para entender melhor:  Playlist de passos - Relevé

19 de fevereiro de 2012

Texto do dia- O Suficiente nunca é suficiente.

pxhere.com/pt/photo/65443



"No ballet o suficiente nunca é suficiente.
 Anna Pavlova foi uma das maiores dançarinas de todos os tempo, mas depois de um desempenho quando todos não aguentaram e saíram ou foram dormir, ela voltou ao estúdio para praticar mais, para ser novamente a melhor.
 A dança era realmente a sua vida, todo o resto era apenas uma distração."

Por: Tara Webster (Dance Academy)

15 de fevereiro de 2012

Nomes Famosos- Anna Pavlova

"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos."

commons.wikimedia.org/wiki/File:Anna_Pavlova_
in_costume_for_the_Dying_Swan,_Buenos_
Aires,_ca_1928,_by_Frans_van_Riel.jpg
   Anna Matveievna Pavlova, também conhecida como Anna Pavlovna Pavlova, foi uma bailarina russa nascida em São Petersburgo, a 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou a 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881 e faleceu em Haia, em 23 de janeiro de 1931.
   Possuía um talento extraordinário e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo e grande sentido a dança, fascinou o mundo da dança no fim do seculo XIX e na primeira metade do seculo XX.
   Aos oito anos Anna pediu de presente de aniversário que a mãe a levasse para assistir ao espetáculo de ballet: ''A Bela Adormecida'' no teatro Marrinsky, a pequena Anna havia gostado tanto que daquele dia em diante decidiu que a dança era sua vida.
   Tentou então ingressar na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, mas foi rejeitada pois ainda era muito nova e tinha baixa estatura. Mas em 1891, aos 10 anos conseguiu então ingressar na academia, assim revelou seu grande talento para a dança clássica.

   Anna teve aulas com os professores mais famosos da época como:  Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
   Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, o palco nesta época era o teatro Mariinsky. Assim ela começou sua carreira de sucesso.
   Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, rapidamente passou para posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 virou solista; em 1905 "Première Danseuse" e por fim em 1906 "Prima Ballerina".
   Estreou em 1906 com "Giselle" música de Adolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada.
  No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé "A Bela Adormecida" pela primeira vez. Nesse mesmo ano estreou em Paris, no Théâtre du Châtelet, com o Ballets Russes de Serguei Diaghilev.
   Entre os anos de 1908 a 1911, apresentou-se com a companhia de Diaghilev tendo que dividir o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.
commons.wikimedia.org/wiki/File:Anna_
Pavlova_1912.jpg
   No Ballets Russos apresentou-se no teatro Chatelet, em Paris, em julho de 1909. Também nesta temporada dança no balé "Cleópatra".
   Em fevereiro de 1910, apresenta-se no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, no balé "Coppelia", era a primeira vez que se apresentava nos EUA.
   Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em uma temporada em Londres.
   No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no teatro Mariinsky, no balé "La Bayadere". A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo, e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931.
    No início da Primeira Guerra Mundial, 1914, ela deixou a Rússia definitivamente e se mudou para Londres, fixando residência na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul. Em suas vindas para o Brasil, ela apresentou-se em grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (Belém, Pará). Também esteve na Ásia, Oriente e África do Sul.
   Casa-se com Victor d'Andre, seu empresário em 1924.

Marca na Dança
  No final do século XIX a aparência ideal de uma bailarina era ter o corpo todo musculoso para poder atender melhor as técnicas da dança, mas Anna mudou essa visão com seu jeito gracioso, feminino e delicado.
   Anna Pavlovna tinha um jeito especial de executar o "En Pointe", que causou muita polêmica, mas que com o tempo acabou sendo o modo padrão.
   Por meio de suas turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular, tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.
   Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas, dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios.

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Pavlova-Butterfly.jpg
Morte
 
No período de natal de 1930, Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela Europa. Na volta ao trabalho, próximo de Haia na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo roupas muito leves para o tempo que fazia (um fino casaco sobre uma camisola de seda) e caminhando pela neve. Dias mais tarde, é acometida de forte pneumonia.
  Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próximo de completar cinquenta anos.
  Suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".