15 de fevereiro de 2012

Nomes Famosos- Anna Pavlova

"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos."

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in_costume_for_the_Dying_Swan,_Buenos_
Aires,_ca_1928,_by_Frans_van_Riel.jpg
   Anna Matveievna Pavlova, também conhecida como Anna Pavlovna Pavlova, foi uma bailarina russa nascida em São Petersburgo, a 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou a 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881 e faleceu em Haia, em 23 de janeiro de 1931.
   Possuía um talento extraordinário e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo e grande sentido a dança, fascinou o mundo da dança no fim do seculo XIX e na primeira metade do seculo XX.
   Aos oito anos Anna pediu de presente de aniversário que a mãe a levasse para assistir ao espetáculo de ballet: ''A Bela Adormecida'' no teatro Marrinsky, a pequena Anna havia gostado tanto que daquele dia em diante decidiu que a dança era sua vida.
   Tentou então ingressar na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, mas foi rejeitada pois ainda era muito nova e tinha baixa estatura. Mas em 1891, aos 10 anos conseguiu então ingressar na academia, assim revelou seu grande talento para a dança clássica.

   Anna teve aulas com os professores mais famosos da época como:  Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
   Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, o palco nesta época era o teatro Mariinsky. Assim ela começou sua carreira de sucesso.
   Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, rapidamente passou para posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 virou solista; em 1905 "Première Danseuse" e por fim em 1906 "Prima Ballerina".
   Estreou em 1906 com "Giselle" música de Adolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada.
  No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé "A Bela Adormecida" pela primeira vez. Nesse mesmo ano estreou em Paris, no Théâtre du Châtelet, com o Ballets Russes de Serguei Diaghilev.
   Entre os anos de 1908 a 1911, apresentou-se com a companhia de Diaghilev tendo que dividir o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.
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Pavlova_1912.jpg
   No Ballets Russos apresentou-se no teatro Chatelet, em Paris, em julho de 1909. Também nesta temporada dança no balé "Cleópatra".
   Em fevereiro de 1910, apresenta-se no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, no balé "Coppelia", era a primeira vez que se apresentava nos EUA.
   Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em uma temporada em Londres.
   No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no teatro Mariinsky, no balé "La Bayadere". A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo, e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931.
    No início da Primeira Guerra Mundial, 1914, ela deixou a Rússia definitivamente e se mudou para Londres, fixando residência na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul. Em suas vindas para o Brasil, ela apresentou-se em grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (Belém, Pará). Também esteve na Ásia, Oriente e África do Sul.
   Casa-se com Victor d'Andre, seu empresário em 1924.

Marca na Dança
  No final do século XIX a aparência ideal de uma bailarina era ter o corpo todo musculoso para poder atender melhor as técnicas da dança, mas Anna mudou essa visão com seu jeito gracioso, feminino e delicado.
   Anna Pavlovna tinha um jeito especial de executar o "En Pointe", que causou muita polêmica, mas que com o tempo acabou sendo o modo padrão.
   Por meio de suas turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular, tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.
   Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas, dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios.

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Pavlova-Butterfly.jpg
Morte
 
No período de natal de 1930, Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela Europa. Na volta ao trabalho, próximo de Haia na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo roupas muito leves para o tempo que fazia (um fino casaco sobre uma camisola de seda) e caminhando pela neve. Dias mais tarde, é acometida de forte pneumonia.
  Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próximo de completar cinquenta anos.
  Suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".

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