"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos."
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Possuía um talento extraordinário e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo e grande sentido a dança, fascinou o mundo da dança no fim do seculo XIX e na primeira metade do seculo XX.
Aos oito anos Anna pediu de presente de aniversário que a mãe a levasse para assistir ao espetáculo de ballet: ''A Bela Adormecida'' no teatro Marrinsky, a pequena Anna havia gostado tanto que daquele dia em diante decidiu que a dança era sua vida.
Tentou então ingressar na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, mas foi rejeitada pois ainda era muito nova e tinha baixa estatura. Mas em 1891, aos 10 anos conseguiu então ingressar na academia, assim revelou seu grande talento para a dança clássica.
Anna teve aulas com os professores mais famosos da época como: Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, o palco nesta época era o teatro Mariinsky. Assim ela começou sua carreira de sucesso.
Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, rapidamente passou para posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 virou solista; em 1905 "Première Danseuse" e por fim em 1906 "Prima Ballerina".
Estreou em 1906 com "Giselle" música de Adolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada.
No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro
Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé "A Bela Adormecida"
pela primeira vez. Nesse mesmo ano estreou em Paris, no Théâtre du
Châtelet, com o Ballets Russes de Serguei Diaghilev.
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No Ballets Russos
apresentou-se no teatro Chatelet, em Paris, em julho de 1909. Também nesta
temporada dança no balé "Cleópatra".
Em fevereiro de 1910, apresenta-se no Metropolitan Opera House, em Nova
Iorque, no balé "Coppelia", era a primeira vez que se apresentava nos
EUA.
Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em
uma temporada em Londres.
No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no
teatro Mariinsky, no balé "La Bayadere". A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo,
e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931.
No início da Primeira Guerra Mundial, 1914, ela deixou a Rússia
definitivamente e se mudou para Londres, fixando residência na casa que
adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
Durante
a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul. Em suas vindas para o
Brasil, ela apresentou-se em grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (Belém, Pará).
Também esteve na Ásia, Oriente e África do Sul.
Casa-se com Victor d'Andre, seu empresário em 1924.
Marca na Dança
No final do século XIX a aparência ideal de uma bailarina
era ter o corpo todo musculoso para poder atender melhor as técnicas da dança,
mas Anna mudou essa visão com seu jeito gracioso, feminino e delicado.
Anna Pavlovna tinha
um jeito especial de executar o "En Pointe", que causou muita
polêmica, mas que com o tempo acabou sendo o modo padrão.
Por meio de suas
turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular,
tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas
bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.
Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas,
dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios.
commons.wikimedia.org/wiki/File:Anna_ Pavlova-Butterfly.jpg |
Morte
Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge
da fama e próximo de completar cinquenta anos.
Suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de
"A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem
suave".
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