12 de maio de 2013

Feliz dia das mães

Aplausos às mães de bailarinos


   "Os pés doem, a cabeça gira e o corpo implora por um abraço. Durante um dia inteiro, do corpo foi exigido e ele, sem pensar duas vezes, seguiu os comandos da mente e se deixou levar pela arte de produzir movimentos. O que ele mais quer depois de um dia de aulas e ensaios? Simplesmente aquele olhar sincero transbordando amor e apoio.
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   Este olhar pode ser expresso através de um abraço, de um sorriso, de um beijo estralado…ou então, de um simples “preparar o jantar”, “lavar o colan”, “carregar as sapatilhas”. Desde que seja da minha mãe, o olhar aquece meu coração de bailarina.

   Não tenho dúvidas de que isso não ocorre só comigo, mas sim com milhares de pessoas que se doam à arte da dança por inteiro, mesmo que, como eu, não tenham suas mães por perto no dia-a-dia. Nesses casos, o amor ultrapassa fronteiras e a profissão “mãe de bailarino” torna-se mais desafiadora. Afinal, não é para qualquer um conseguir transmitir toda essa energia que somente ela nos passa apenas por telefone. Que desafio hein!

   Mas isso não é nada perto do que elas são capazes de fazer. Não fazem plié, mas se agachariam quantas vezes necessárias para juntar nossas bagunças. Não giram pirueta, mas giram o mundo por festivais, cursos e apresentações ao nosso lado. Não contam a música, mas muito já nos embalaram com canções até que dormíssemos. Não têm bolhas nos pés, mas são elas que sentem as dores por nós. Não fazem grandes saltos, mas sem dúvidas alguma, nos dão o impulso maior para que possamos voar.

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   Ser mãe de bailarina é dançar com a alma. Dançar com o amor que elas nos transmitem a cada momento. Dançar de maneira, a estar entregue a qualquer necessidade nossa. Ser mãe de bailarina é sentir orgulho e transformá-lo em incentivo. Ser mãe de bailarina é ter a confirmação de que nós, bailarinos, além de felizes pela presença delas, somos eternamente gratos por cada olhar, seja ele expresso da maneira que for.

   Sendo assim, movida por saudade e amor, declaro oferecido a ti, mãe, o que mais gosto de receber ao fazer o que me faz bem: aplausos, aplausos e aplausos. Aplausos à minha e a todas as mães de bailarinos. E não para por aí: declaro oferecido a vocês, pelo menos metade de todos os aplausos que recebemos e ainda iremos receber ao longo de nossas vidas dançantes, como forma de gratidão e reconhecimento por tudo que fazem e, se não for pedir muito, ainda farão por nós."

    Feliz dia das mães porque afinal sem elas, sem o amor delas não somos nada. Valorize sua mãe pois Deus infelizmente não as fez eternas, diga e demostre todo o amor que você tem por ela sem medo e sem vergonha alguma. 

11 de maio de 2013

Dicionário da Bailarina- L, P

Ligne: Linha. A linha do corpo apresentada por um bailarino(a) enquanto executa passos e poses. Um bailarino deve ter harmonia entre o arranjo da cabeça, do corpo, das pernas e braços em movimento. Uma boa linha é indispensável.

Pas de deux: Dança a dois. Diferente do pas de deux simples que tem uma estrutura definida.
Em regra geral o grand pas de deux divide-se em cinco partes: Entrée, Adage, Variation para o bailarino,Variation para a bailarina e o Coda, no qual os dois dançam juntos.

Pointe: A ponta do pé. As mulheres, e raramente os homens, dançam sobre a ponta dos pés em sapatilhas. A introdução dessa técnica no início do século XIX tornou possível o desenvolvimento da virtuosidade feminina, como múltiplos fouettés e sustento em uma só perna. Meia ponta é quando o (a) dançarino (a) se eleva com os dedos tocando o chão e o resto do pé elevado.

Port de bras:
1) um movimento ou série de movimentos feitos com um braço ou braços em diversas posições. A passagem dos braços de uma posição para outra.
2) termo para um grupo de exercícios que torna o movimento dos braços mais gracioso e harmonioso.

9 de maio de 2013

Ländler


   Ländler é uma dança popular folclórica germânica pouco movimentada, 
em compasso de 3/4 ou 3/8, derivada do antigo Abtanz alemão, em compasso de três tempos, era bem popular na Áustria, sul da Alemanha, Suíça e Eslovênia , no final do século 18. o Landler é ainda o ritmo tradicional de alguns estados e províncias como o Tirol (incluindo Trentino-Südtirol) e demais estados austríacos, Baviera (Alemanha) e Boêmia (República Tcheca).
   Tradicionalmente é uma dança de casais e é fortemente caracterizada por pulos e palmas. Um deslizamento virando, virando e dando giros, dançando a música em 3/4 do tempo.
   Muitas das vezes era puramente instrumental e em outras vezes tinha uma parte vocal.
   Quando os salões de dança tornou-se popular na Europa do século 19, o Ländler foi feito mais rápido e mais elegante.
   Em Viena como era popular no século 18 e 19, acabou influenciando o desenvolvimento posterior da valsa.

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   Uma série de clássicos compositores escreveram ou incluiram Ländler em sua música, como Ludwig van Beethoven , Franz Schubert e Bruckner Anton. Em várias sinfonias de Gustav Mahler substituiu-se o scherzo por um Ländler. As "Danças Alemãs" de Wolfgang Amadeus Mozart e Haydn Joseph também se assemelham ao Ländler.

   Na Suíça as músicas Ländler não são apenas danças em compassos de três. Elas são marchas, escocesas, mazurcas ou foxtrotes.

Glossário
Foxtrote- Certa dança a quatro tempos.

Playlist no Youtube com os estilos de dança: Confira



8 de maio de 2013

Guia prático de como se comportar em uma aula

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Ter etiqueta durante as aulas é de extrema importância. Aqui vai um guia prático que te ajudará ser um melhor bailarino.

• Seja pontual. Caso chegue atrasado à aula já iniciada, peça ao professor permissão para entrar, de maneira discreta.

• Desligue seu celular, ou coloque no "silencioso", pois é bem chato quando ele resolve tocar bem no meio da aula.

• Jamais masque chiclete durante a aula, é bem incomodo pro professor e as pessoas a sua volta, acredite. Tira completamente a concentração.

• Uniforme: Se sua companhia exige uniforme, bom então você não tem outra opção.

• É o professor que manda, dirige e ensina. Ele está trabalhando de boa vontade, tentando fazer o seu melhor. Mostre algum respeito à sua condução e propostas. Caso discordar de algo converse com ele depois da aula em particular.

• Complexo de “primeira bailarina” é muito deselegante. A sala de aula é um local onde todos estão lá para estudar igualmente. Seus colegas não são sua plateia. Não domine o ambiente com perguntas desnecessárias ou atitudes blasés. Cumprimente todos, seja amigável e flexível, e lembre-se que você não é o centro das atenções. Toda a turma tem chances iguais. E muito menos ache que as pessoas tem que ti elogiar, elas não tem essa obrigação, e ficar falando mal de si mesma não vai ajudar.

• Use sua aula para estudar! Apesar de ser uma ótima ocasião para fazer novos amigos, as aulas de dança não são terapia em grupo e nem um bar. Converse com os amigos em outra ocasião. Aproveite cada aula como uma chance de aprender, crescer, se concentrar e se beneficiar de tudo mais que a dança pode te proporcionar.

• A sala de aula é um local democrático. Não seja espaçoso, você não é dono de nada e não há lugares pré-determinados. Sendo assim, qualquer um pode ocupá-los. E mudar é sempre bom.

• Fica com sede durante a aula? Normal. Muito melhor do que sair a cada momento para se refrescar é levar uma garrafinha de água pra sala. Não atrapalha a aula, você não será desagradável e não perderá nenhum exercício/explicação.

• Novatos precisam de atenção e encorajamento. Seja legal com eles, se eles precisarem de ajuda, ajude-o pois você já foi novato um dia certo? Mais legal ainda é você explicar um pouquinho como o professor trabalha, assim ele vai se sentir mais seguro. E nada de ciúmes.

• Seja proativo. Se o professor pedir para que demonstre um exercício, encare como mais uma oportunidade de estudo. Por que negar? E veja pelo lado bom, se ele te escolheu é porque sabe que você tem a capacidade de realizar. Esqueça a timidez.

• Quem respeita recebe respeito em troca. Caso o professor dívida a turma em grupos, respeite os colegas enquanto executam algum exercício. Não converse, nem fique criticando ninguém, mesmo que você veja defeitos na sua maneira de executar. Manter as regras mínimas de boa educação é algo básico.

• Se a aula já começou, aqueça-se antes de começar! É a maneira mais eficaz de prevenir lesões e preparar o corpo para a dança. Mas faça em silêncio, em qualquer canto da sala, e só então acompanhe a turma.

• Faltou na aula? Às vezes acontece, mas nem o professor, nem a turma têm culpa disso. Não adianta chegar na aula seguinte bombardeando milhares de perguntas ou se sentindo injustiçado. Se você perdeu matéria, se esforce para “pegar”, mas sem “causar”. Se você não conseguir, peça ajuda a um amigo, e depois se surgirem mais dúvidas e seus amigos não souberem responder, pergunte ao professor.

• Respeite sua vez e deixe os outros aproveitarem sua chance de fazer o exercício também. Siga o fluxo e nunca pare no meio ou passe na frente de alguém em “movimento”. Sem querer você pode causar um pequeno acidente. Além é claro de fazer os outros se sentirem mal.

• Ao final da aula agradeça o professor, e ao trabalho desenvolvido ali. Bater palmas junto dos demais colegas é um sinal de gratidão adequado.

4 de maio de 2013

Passé

Passé - passou
Pronuncia-se “passê”
1- O pé que esta sendo trabalhado passa pela perna que está como apoio até chegar à altura do joelho. Formando a posição do número “quatro” no ar.
2- Em seguida o pé é passado para trás/frente e desce lentamente até fechar na quinta posição. Basicamente, você inicia o seu trabalho com o pé na frente e termina com ele atrás – ou vice-versa.

  Lembrando que apenas a ponta do pé toca o "joelho" da perna de apoio.
  Sua execução não é difícil, porem deve permanecer com o total encaixe do quadril. A perna em Passé deve estar em En Dehors, o máximo possível.

  Trabalha a boa postura, a força abdominal, e o equilíbrio, principalmente quando executado na ponta.

Assista para entender melhor:  Playlist de passos - Passé



Polêmicas: L’Après Midi d’un Faune



Vaslav Nijinsky
   L’Après Midi d’un Faune causou um certo escândalo ao ser apresentada em Paris em 13 de maio de 1912.
  Naquela noite em Paris o público foi ao Théâtre dum Châtlet para assistir à estréia de Nijinsky como coreógrafo.
  O que o publico não esperavam era surpreender-se de tal forma como acontecido.

   L’Après Midi d’un Faune ( à Tarde de um Fauno) contava a história de um fauno que tocava sua flauta nos bosques e ficou excitado com a passagem de ninfas e náiades, tentou alcançá-las em vão. Então, muito cansado e fraco, caiu em um sono profundo e passou a sonhar com visões que o levou a atingir os objetivos que dentro da realidade não tinha alcançado.

   Esse escândalo ocorreu primeiramente porque L’Après Midi mostrava uma
sensualidade desrespeitosa para o padrões da época e em seguida porque rompia as características do ballet tradicional: nenhum dos bailarinos olhava de frente, todos mantinham-se de perfil diante da platéia, o que não causava a tentativa de aprisionar os espectadores também com o olhar, o que de costume normalmente acontece. Mesmo com a mudança de direção os espectadores não conseguiam apreciar os rostos: os bailarinos, com rápidos movimentos, trocavam o perfil esquerdo pelo direito.

   A sexualidade transbordava do fauno protagonizado por Nijinsky que, entretanto, não dava nenhuma mostras de gestos sensuais, nem mesmo chegava a tocar as ninfas (bailarinas) que o fazia ter uma grande imaginação. Mas por uma técnica quase sem falhas, que eram praticamente perfeitas, o desejo do fauno é sentido pelo público. O fogo que lhe percorre as veias é passado por um sorriso de luxúria quase imperceptível, mas há paixão, há sexo e uma ousadia acima de tudo.
   Ao final do ballet, o bailarino simula masturbar-se no palco.


   Com toda essa audácia, L’Après Midi d’un Faune entrou para a história como o maior escândalo da dança neste século.