4 de maio de 2013

Polêmicas: L’Après Midi d’un Faune



Vaslav Nijinsky
   L’Après Midi d’un Faune causou um certo escândalo ao ser apresentada em Paris em 13 de maio de 1912.
  Naquela noite em Paris o público foi ao Théâtre dum Châtlet para assistir à estréia de Nijinsky como coreógrafo.
  O que o publico não esperavam era surpreender-se de tal forma como acontecido.

   L’Après Midi d’un Faune ( à Tarde de um Fauno) contava a história de um fauno que tocava sua flauta nos bosques e ficou excitado com a passagem de ninfas e náiades, tentou alcançá-las em vão. Então, muito cansado e fraco, caiu em um sono profundo e passou a sonhar com visões que o levou a atingir os objetivos que dentro da realidade não tinha alcançado.

   Esse escândalo ocorreu primeiramente porque L’Après Midi mostrava uma
sensualidade desrespeitosa para o padrões da época e em seguida porque rompia as características do ballet tradicional: nenhum dos bailarinos olhava de frente, todos mantinham-se de perfil diante da platéia, o que não causava a tentativa de aprisionar os espectadores também com o olhar, o que de costume normalmente acontece. Mesmo com a mudança de direção os espectadores não conseguiam apreciar os rostos: os bailarinos, com rápidos movimentos, trocavam o perfil esquerdo pelo direito.

   A sexualidade transbordava do fauno protagonizado por Nijinsky que, entretanto, não dava nenhuma mostras de gestos sensuais, nem mesmo chegava a tocar as ninfas (bailarinas) que o fazia ter uma grande imaginação. Mas por uma técnica quase sem falhas, que eram praticamente perfeitas, o desejo do fauno é sentido pelo público. O fogo que lhe percorre as veias é passado por um sorriso de luxúria quase imperceptível, mas há paixão, há sexo e uma ousadia acima de tudo.
   Ao final do ballet, o bailarino simula masturbar-se no palco.


   Com toda essa audácia, L’Après Midi d’un Faune entrou para a história como o maior escândalo da dança neste século.

Nenhum comentário:

Postar um comentário